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Ciência e pesquisa: Aeroporto Internacional de Macapá colabora com estudo que analisa clima urbano da capital amapaense
Sensores instalados no sítio aeroportuário por pesquisadores da Universidade Federal do Pará vão coletar dados meteorológicos nos próximos meses
Foto: Divulgação NOA
Sob a gestão da Norte da Amazônia Airports (NOA), o Aeroporto Internacional de Macapá está reafirmando cada vez mais seu compromisso não apenas com operações seguras e eficientes, mas também com ações que gerem valor real para a sociedade, incluindo práticas voltadas à sustentabilidade e ao estudo das mudanças climáticas. Por isso, desde junho, o empreendimento está colaborando com um estudo científico que vai coletar e analisar dados sobre o clima urbano da capital amapaense.
Liderados por Pedro Hugo Oliveira Moreira e Alan Cavalcanti da Cunha, pesquisadores do curso de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), os trabalhos estão sendo executados por meio da instalação de um sensor que coleta dados de temperatura e umidade relativa do ar nas dependências do sítio aeroportuário. Com isso, os cientistas pretendem traçar novas alternativas que visem a melhoria do conforto térmico urbano da capital amapaense.
De acordo com os acadêmicos, as coletas das informações meteorológicas estão sendo realizadas em três momentos distintos – na transição entre os períodos secos e chuvosos e nas temporadas áridas e com maior pluviosidade. Desta forma, a finalização dos trabalhos de campo relacionados à pesquisa acadêmica está prevista para abril de 2026.
Considerado parte primordial do estudo acadêmico, primeiro sensor foi instalado no sítio aeroportuário em junho. Foto: Divulgação NOA
Na visão de Moreira, a iniciativa permitirá melhor compreensão da realidade climática experienciada na capital amapaense com base na coleta de dados mais precisos, além de possibilitar que pesquisas futuras sobre o tema tenham subsídios para ajudar em investigações relacionadas ao tema. “Com esse estudo, pretendemos preencher uma grande lacuna: a falta de estudos que analisem o microclima urbano das grandes cidades brasileiras. Na Amazônia, e mais especialmente no Amapá, temos ausência de dados confiáveis e que possam nos auxiliar a compreender melhor esse tema tão importante. Por isso, nossa expectativa é contribuir cada vez mais para pensar em alternativas para melhorar problemas climáticos atuais, como a elevada presença de ilhas de calor urbanas e o desconforto térmico em diversas cidades da região Norte”, avalia.
De acordo com Marco Antônio Migliorini, diretor-presidente da NOA, o apoio ao projeto reforça o papel da concessionária para além da operação do aeroporto, com dedicação para a solução das demandas locais, como é o caso de iniciativas voltadas ao desenvolvimento da ciência na região amazônica.
“É com muita alegria que recebemos esse grupo de pesquisadores em nosso aeroporto, tendo em vista a importância social que o estudo possui para as gerações futuras. Além de promover operações aéreas seguras e eficientes na capital do Amapá, a NOA tem o propósito de apoiar iniciativas que promovam real valor para a sociedade. Como exemplo, no último ano, o Aeroporto Alberto Alcolumbre recebeu pela primeira vez uma edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento que fomenta a divulgação científica e tecnológica, aproximando a ciência da população em atividades abertas, como exposições, palestras, apresentações culturais e workshops sobre temas científicos”, relembra.